Maciel Barreto é um exemplo raríssimo na Campus Party. Começa com sua terra natal: Itajuípe, no sertão da Bahia.
Não bastassem as 28 horas de ônibus entre sua cidade natal, com pouco mais de 20 mil habitantes, e São Paulo, Barreto trouxe na mala (uma caixa de papelão) um dos case MODs que mais chamam atenção na Campus Party: o desktop em forma de caveira iluminado por LEDs azuis.
Antes de ser um modder (termo usado pela comunidade para quem modifica seus PCs), Barreto é artista plástico, tatuador e aerógrafo. Em todos, autodidata. Começou a modificar PCs no segundo semestre de 2007 (!!) e levou cinco meses até projetar a caveira, seu primeiro MOD.
Diz ele que não conhecia case MODs. Só soube da existência do movimento quando já tinha terminado o desenho do projeto e se preparava para executá-lo. Já participava de um movimento sem ao menos saber que ele existia.
Veio à CP Br por insistência de um amigo – deixou seu estúdio de tatuagem que tem em Itajuípe com funcionários e se arriscou na viagem a São Paulo. Além de uma tonelada de elogios, o baiano sorridente diz já ter ganho propostas de MODs para levar à sua cidade.
Na cidade grande, os apaixonados por PCs recorrem ao sertão da Bahia.